domingo, 1 de março de 2015

Arco de Itapuca



Enquanto esperava e liberação da doação de livros da biblioteca do SESC Tijuca me chamou a atenção um livro que tinha pinturas do Rio antigo. Tratava-se do livro Rio Antigo / Old Rio by Camões, onde o artista plástico Eduardo Camões conhecido como “o homem da máquina do tempo” retrata suas obras com fidelidade e precisão de paisagens do Rio antigo. Sua pinturas parecem fotografias tiradas a 50,100 ou até 200 anos.

Folheando, uma em especial me chamou a atenção, pois embora diferente da paisagem atual a perfeição da pintura imediatamente transportou a minha mente para aquela paisagem tão familiar. Chamava-se “Arco de Itapuca” , minha cabeça fervilhou ao saber que aquela pedra que passo admirando a sua beleza natural já foi um dia um arco natural. Mas como assim? Pois é, não existe nenhum documento em fotografia que registre esse momento da história, existe apenas uma pintura a óleo de Jullius Mills que retrata a paisagem antes da sua demolição em 1840 pelo presidente da província do Rio de Janeiro, Luíz Pedreira do Couto Ferraz o Visconde do Bom Retiro que deu prosseguimento ao seu plano de arruamento criando uma comunicação entre o bairro do Ingá e Icaraí. 
Pintura de Jullius Mills de 1840

E você meu conterrâneo sabia que a pedra era um arco natural, conhecia a história? Se você como eu é apaixonado pelo rio antigo indico o livro de Camões.


Texto publicado em 6 de março de 2012 no Grupo Rio Antigo.

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