terça-feira, 10 de março de 2015

Quer me enganar? Me dá bala Juquinha.




Pois é, essa frase cai como uma luva para os políticos que adoçam a boca dos eleitores em suas campanhas políticas, mas eleitos cadê o prometido? 



A galerinha de hoje não sabe como era difícil a façanha de tirar a bala do papel nos anos 80, sempre acabava sobrando um pouquinho e “cuspíamos” os pedacinhos aos poucos.rsrs (Quem é dessa geração vai lembrar). Sem falar quando grudava nos dentes. 



Essa famosa bala foi criada nos anos 50 por um português chamado Carlos Maia, que em 1945 já produzia refresco em pó efervescente. Inicialmente a tradicional balinha, aquela  amarelinha de Tutti-Frutti era fabricada na cozinha da casa do português que não tinha um nome para guloseima e resolveu pedir sugestão a um amigo também português. O amigo não titubeou: “-Coloque o meu nome, ora pois!”, disse o compadre Juca. Maia achou que o nome não era lá muito apropriado e decidiu usar o seu diminutivo. E assim nasceu a bala Juquinha.



Decidido a modernizar sua linha de produção, o português Maia comprou máquinas de última geração em 1979 e acabou se atolando em dívidas. Três anos depois vendeu a fábrica, que ficava no Pari (bairro na região central de São Paulo), para Giulio Sofio, um italiano nascido em Roma e formado em Direito na Suíça, que ampliou a linha com novos sabores de bala (coco, limão, uva, só para citar alguns), e lançou no mercado os tradicionais pirulitos.



No começo dos anos oitenta, desejando ampliar seus horizontes, a JUQUINHA começa a exportar suas deliciosas balas para os Estados Unidos da América, através de um revendedor árabe que morava no país. Mais uma vez o sucesso é imediato. E foram essas exportações, que começaram em 1985, responsáveis pela sobrevivência da empresa. A importância das exportações para a marca JUQUINHA é tão grande que a empresa já desenvolveu sabores exclusivos para alguns países, como o “hot mix” que são balas sortidas de café, leite e chocolate, exportadas para o Senegal; e o “hot mint” com pimenta, exportado para países africanos como África do Sul, Angola e Guiné.



No início do Plano Real, a bala virou troco em todo país, e a marca JUQUINHA nem precisava de propaganda para se manter na mente do consumidor. Com a chegada do novo milênio, veio também uma novidade: as tradicionais balas na versão iogurte. A partir de 2005, além de buscar novos mercados, uma das estratégias da JUQUINHA foi diversificar sua linha de produtos, com o lançamento de balas duras (para chupar) e pirulitos de 20 gramas recheados, com sabores de tutti-frutti, morango, cereja e abacaxi. A empresa também investiu em equipamentos de alta tecnologia e adequou todo processo de fabricação para desenvolver uma nova fórmula para as balas ficarem mais macias. Com mais de 60 anos, a clássica JUQUINHA resiste bravamente num cenário em que grandes nomes já sumiram (caso da Soft’s) ou foram incorporadas por multinacionais (a 7 Belo que hoje pertence à argentina Arcor).



Amigos, este ano teremos eleições municipais, não deixem que esses políticos comprem seu voto com bala Juquinha. Vamos votar com responsabilidade.



Texto publicado em 12 de abril de 2012 no Grupo Rio Antigo.

Um comentário:

  1. Onde encontro a bala juquinha prá comprar. Meu cunhado é apaixonado por ela e me pediu de presente de natal. Socorrooooooooo

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