Ilha da Boa Viagem - Niterói |
Construída na ilha de mesmo nome, na Baia de Guanabara em Niterói, por ordem de Diogo Carvalho Fontoura pelos meados do seculo XVII por um doação em moedas do testamento de um senhor de nome José Gonçalves. Sua conclusão data de 1734, como se lê na lápide existente em sua parede do lado da escadaria: “sendo mra. Amaro da Sva. Eng. dor. J. de Farias, r. o pre. mel. ces. de C. e mais 173 devotos”. Em 1846, foi reformada pelo engenheiro provincial Pedro Toulois. Por volta de 1702 o capitão-governador Luís Cesar de Menezes construiria na ilha de Boa Viagem o denominado “Forte da Barra”.
Numa festa realizada em 8 de Dezembro de 1870, incendiou-se e só foi reconstruída, em 1909, pela Associação Protetora dos Homens do Mar, quando se restabeleceu o culto de Nossa Senhora dos Navegantes. Em 1911, o Governador Oliveira Botelho dotou-a de luz elétrica. Em 1918, extinta a Associação, a ilha passou à jurisprudência do Ministério da Marinha, e a imagem de Nossa Senhora foi recolhida à capela do hospital da corporação.
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Novamente abandonada, em ruínas, a igreja foi reconstruída pelo Prefeito Gustavo Lira, sendo as obras dirigidas por José Mariano Filho e inauguradas em 2 de Setembro de 1934, com uma procissão marítima trazendo de volta a imagem da padroeira. Prevendo novo abandono, o Ministério da Marinha resolveu deixar a igreja sob a guarda dos escoteiros do mar sediados na ilha.
Incendiada novamente, em 25 de Outubro de 1977, foi restaurada, sob a orientação do engenheiro Hesíodo Castro Alves Filho, não só a igreja, mas também outras instalações e a ponte de concreto armado. Para custear as despesas do culto instituiu-se uma irmandade de pescadores e homens do mar.
Todas as embarcações que aportavam ao Rio de Janeiro pagavam de boa vontade uma quantia para a manutenção do templo.
Em 1938 foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Brasileiro.
As visitas podem ser efetuadas no quarto Domingo de cada mês, a partir das 8:00h, constando o roteiro de missa, apresentação de música sacra e visita guiada pelo conjunto.
Texto publicado em 30 de março de 2012 no Grupo Rio Antigo.
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