“Amanhã é dia de branco” é uma expressão popular que virou sinônimo de homem trabalhador que tem que acordar cedo para o trampo, como diz os amigos paulistas.
Existem algumas teorias para a origem, mas costumo adotar a que o significado faz referência à nota de mil cruzeiros que tinha estampado a face do Barão do Rio Branco, quando se falava "amanhã é dia de branco" quando se tinha que dormir cedo para no dia seguinte ter que trabalhar para ganhar dinheiro.
Não seria injusto que a mesma expressão fosse chamada “dia de índio”, que juntos com os negros também trabalham duro para formação do nosso país. Sendo mais justo ainda, sem nenhum apoio de nossos governantes que apesar de existirem órgãos como a FUNAI criado para preservar e proteger as culturas indígenas, na prática não é isso que acontece.
Um exemplo clássico disso é o que esta acontecendo atualmente na Bahia, índios da etnia PATAXÓS ocuparam 11 propriedades rurais onde reivindicam sua terra, já que em 1936 aquela área foi demarcada como reserva indígena em uma ação protocolada pela FUNAI no Supremo Tribunal Federal, porem o governo estadual concedeu títulos de posse a fazendeiros da região em anos posteriores.
Nenhum outro lugar no mundo tem mais motivos para comemorar esse dia 19 do que nós cariocas, já que o próprio significado da palavra é de origem tupi-guarani que graças ao explorador português Gonçalo Coelho que em 1503 mandou construir uma casa na foz do Rio Carioca (nome dado posteriormente) onde hoje é a Praia do Flamengo. Os índios tamoios que viviam na região passaram a chamá-la de akari oka, que significa casa de cascudo. Cascudo seria o apelido dado pelos índios aos portugueses, por causa da semelhança entre as armaduras dos portugueses e as placas características do corpo desse peixe.
Devemos lembrar de que mais que uma data para se comemorar o povo indigena quer ser lembrado em todos os dias do ano como um povo que contribuiu, contribui e continuará contribuindo para cultura de nosso país.
CURIOSIDADES:
Na primeira casa de pedra construída na foz do Rio Carioca residiu até 1511 João de Braga, que foi substituído pelo feitor João Lopes de Carvalho que em 1519 reembarcou para sua terra natal levando consigo um filho com uma índia local. Conclusão : O primeiro “carioca da gema” tinha sangue indígena.
Texto publicado em 19 de abril de 2012 no Grupo Rio Antigo.
Na primeira casa de pedra construída na foz do Rio Carioca residiu até 1511 João de Braga, que foi substituído pelo feitor João Lopes de Carvalho que em 1519 reembarcou para sua terra natal levando consigo um filho com uma índia local. Conclusão : O primeiro “carioca da gema” tinha sangue indígena.
Texto publicado em 19 de abril de 2012 no Grupo Rio Antigo.
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